Autoavaliação e Planejamento Estratégico

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A Autoavaliação do PósArq se deu em diversas etapas. A primeira delas foi um processo de escuta com professores, pesquisadores discentes, egressos e, ainda, nossos técnicos administrativos. Os principais resultados estão nesse link: Resumo dos resultados

O processo de escuta gerou sínteses importantes, levadas para  o Seminário de Autoavaliação e Planejamento Estratégico do PósARQ, que aconteceu nos dias  26 de outubro e 23 de novembro de 2020, envolvendo docentes, discentes, egressos e técnicos administrativos. Foram debatidos temas urgentes, como  as dificuldades trazidas pela Pandemia da COVID-19, os recentes cortes de bolsas, a adoção das Ações Afirmativas, saúde mental e processo seletivo. Mas também realizamos um balanço dos últimos quatro anos, a respeito de nossos avanços após a unificação entre os Programas PGAU e PósArq, em termos de integração da estrutura curricular, incluindo a articulação, aderência e atualização das áreas de concentração, dos projetos de pesquisa e produções bibliográficas e técnicas. Em termos de planejamento estratégico, chegamos a alguns consensos sintetizados abaixo. 

 

O Planejamento Estratégico da UFSC e sua consonância com o do PósArq

O Planejamento Estratégico da UFSC foi atualizado e consolidado no denominado «Plano de Desenvolvimento Institucional»(PDI), aprovado em reunião do Conselho Universitário em dezembro de 2019. O PDI-UFSC para 2020-2024 contempla a missão e visão da instituição, a política pedagógica institucional, 55 objetivos institucionais que foram desmembrados em 559 iniciativas e 332 indicadores de desempenho. Além das áreas de atuação acadêmica de ensino, pesquisa, extensão, o PDI contempla as áreas transversais de Cultura e Artes; Esporte, Saúde e Lazer; Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo; Internacionalização; Interdisciplinaridade; Inclusão Social e Diversidade; e Sustentabilidade Ambiental

A UFSC tem por missão produzir, sistematizar e socializar o saber filosófico, científico, artístico e tecnológico, ampliando e aprofundando a formação do ser humano para o exercício profissional, a reflexão crítica, a solidariedade nacional e internacional, na perspectiva da construção de uma sociedade justa e democrática e na defesa da qualidade da vida. A visão é ser uma universidade de excelência e inclusiva, com base nos seguintes valores: Acadêmica e de Qualidade, Inovadora, Atuante, Inclusiva, Internacionalizada, Interdisciplinar, Livre e Responsável, Autônoma, Democrática e Plural, Dialogal, Bem Administrada e Planejada, Transparente, Ética, Saudável e Sustentável.

No que diz respeito à pós-graduação, a visão é ser uma instituição de excelência, inclusiva, inovadora, interdisciplinar e internacionalizada, guiada pelos seguintes valores: excelência acadêmica, liberdade investigativa, criatividade, interdisciplinaridade, inovação, transparência, diversidade, cooperação, internacionalidade, intercultural e dialogal. Assim, a pós-graduação está em contínuo processo de expansão e aprimoramento da qualidade dos cursos ofertados, cujas vocações e potenciais acadêmicos renovam-se constantemente em novos programas com perfil multi e interdisciplinar, implementando a interação entre os programas, construindo redes de ensino e pesquisa internacionais, estimulando a atividade criativa e inovadora e respondendo à sociedade brasileira com conhecimento, serviços e soluções sustentáveis.

Dentre os objetivos institucionais do PDI 2020-2024 vinculados à pós-graduação, destacam-se: oferecer cursos de excelência; fortalecer as políticas de seleção, acesso, inclusão, permanência e êxito estudantis; ampliar a oferta de cursos de pós-graduação presenciais e a distância; promover ações de interação com os egressos; promover a inovação e o empreendedorismo na formação dos estudantes; desenvolver competências globais e interculturais; ampliar os programas de intercâmbio; fortalecer e estimular a interdisciplinaridade curricular e extracurricular; desenvolver atividades pedagógicas, acadêmicas e de acolhimento direcionadas a ações afirmativas bem como à valorização das diversidades e pessoas com deficiência; fomentar a inserção da sustentabilidade ambiental. 

O mapa estratégico institucional contempla também objetivos da pós-graduação articulados à pesquisa e extensão, nomeadamente de estimular e ampliar em qualidade e quantidade a pesquisa científica; expandir, aprimorar e consolidar infraestruturas de pesquisa; aproximar a pesquisa dos vários segmentos da sociedade; incentivar a pesquisa em cultura e arte, esporte, saúde e lazer, sustentabilidade ambiental; impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento voltados para a inovação e o empreendedorismo; fortalecer as relações técnico-científicas com universidades de reputação internacional; estimular a criação de projetos em laboratórios multiusuários; aprimorar e expandir as ações extensionistas; fomentar a realização de eventos científicos e ações de formação; promover práticas extensionistas voltadas para inovação e empreendedorismo e que visem a internacionalização.

 

Coerência e efetividade entre atividades de formação, as características do corpo docente e o conjunto de mecanismos de interação com os respectivos campos profissionais;

Os seminários de auto-avaliação do PósARQ e os questionários online a eles associados foram de grande relevância para a discussão do planejamento estratégico para os próximos anos. Os últimos exames de seleção também contribuíram para evidenciar uma crescente demanda pela Área 2. O último recredenciamento apresentou uma possibilidade de reestruturação com a incorporação de novos professores e existe uma expectativa de que professores recém contratados e com perfil de pesquisadores possam contribuir para a consolidação desta área. A atração de novos docentes para a Área de Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade deve ter como consequência novos projetos e a oferta de novas disciplinas com maior diversidade de temas. Essa área também possui um significativo potencial de interdisciplinaridade que deve ser incentivado. Uma estratégia decorrente da divisão em Eixos Temáticos é a consolidação da distribuição dos docentes pelas Linhas, estratégia essa iniciada após o recredenciamento no final de 2019. O Gráfico 6 mostra a principal atuação dos docentes em cada Linha a partir de 2021, organizando o Exame de Seleção, obviamente sem excluir as participações de docentes que atuam em mais de um Eixo Temático ou Linha de Pesquisa, que continuam sendo incentivadas. 

Um aspecto interessante da subdivisão em Eixos Temáticos é que eles são mais flexíveis, incorporando alterações nas dinâmicas dos docentes no programa. A estrutura de Eixos do ano de 2021 para a seleção dos candidatos para 2022 incorpora a reunião dos Eixos «Logística e ordenação do território» com o Eixo «Ergonomia e Acessibilidade» em um novo Eixo denominado «Segurança, acessibilidade e ergonomia».

 

O PósARQ conta com os docentes Angeli, Casarin, Castells, Lamberts, Loch, Miranda, Pereira, Pfutzenreuter, Roman, Valle e Vergara, alocados em outros departamentos da UFSC, que contribuem de forma relevante para a pluralidade do programa, e a atração de novos professores, externos ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo, continua sendo uma meta importante. Da mesma forma, a oferta de disciplinas de interesse para discentes de outros programas da universidade e o estímulo para que os nossos discentes cumpram parte dos créditos em disciplinas ofertadas por outros programas também são metas relevantes para garantir a formação e a pesquisa transdisciplinares. A divulgação e recomendação de disciplinas externas ao programa é uma prática que já vem sendo adotada principalmente pela Área de Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade e deve ser ampliada, com os alunos cursando disciplinas principalmente nos PPGs em Geografia, Ecologia, Engenharia e Gestão de conhecimento, Interdisciplinar em Ciências Humanas, Sociologia e Ciência Política, Engenharia Civil, Educação e Transportes e Gestão Territorial, além de outros. 

A clara delimitação das disciplinas e temas de pesquisa é de grande importância para garantir a qualidade das pesquisas e da formação dos discentes do PósARQ. Dessa forma, eles estão capacitados a prosseguir com estudos bem delimitados nas suas áreas de escolha, sem perder a possibilidade de uma reflexão mais ampla a partir de diferentes pontos de vista em um contexto de crescente complexidade dos graves problemas sociais e ambientais. A diversidade da formação e das abordagens do corpo docente, aliada às integrações com disciplinas e pesquisas de outros programas de pós-graduação, assegura um ambiente de multiplicidade que facilita pesquisas transversais com temas amplos que consideram esses grandes problemas através de suas múltiplas conexões. A UFSC abriga uma grande quantidade de programas de pós-graduação de excelência e possui um campus relativamente denso, com os diversos centros de ensino localizados a uma distância facilmente caminhável. Esse fator é determinante para facilitar conexões interdisciplinares entre os inúmeros programas de pós-graduação que possuem temas de pesquisa relacionados às pesquisas do PósARQ e o estímulo a essas conexões continuará sendo uma das prioridades do nosso programa. A iniciativa de internacionalização do PRINT é um bom exemplo dessa sinergia, uma vez que os PPGs de Saúde Coletiva, Arquitetura e Urbanismo e Educação Física encontram-se fisicamente muito próximos entre si, o que já tem rendido atividades importantes em colaboração. Uma dessas atividades, desenvolvidas em 2019 e 2020, demandou reuniões regulares entre alunos e docentes do PósARQ e do PPG em Educação Física, e seus resultados estão sendo registrados em artigo que se encontra em elaboração.

É importante lembrar que a Área 2 surgiu da fusão do PósARQ com o Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade (PGAU-Cidade) em 2015. A maioria dos docentes do PGAU-Cidade absorvidos no PósARQ integrou a Área 2 e diversos ajustes vêm sendo feitos desde então para garantir a clareza das linhas de pesquisa, a produtividade dos docentes e suas pesquisas e a coerência das disciplinas ofertadas com os objetivos e identidade do programa. As iniciativas de credenciamento e recredenciamento geral do programa, realizadas em 2016 e no final de 2019, seguindo critérios rigorosos acordados coletivamente, geraram certo conflito, mas foram de grande importância para o resultado. O próximo credenciamento deverá ser um momento significativo seguindo o rigor dos critérios e as estratégias para o programa.

Devemos também, seguindo esse objetivo do equilíbrio entre as áreas, ampliar a oferta de disciplinas para a área 2, de Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade, que tem recebido número crescente de ingressantes no mestrado e no doutorado.

 

Iniciativas para ampliar a integração com a Graduação

A integração com a Graduação do Departamento de Arquitetura e Urbanismo (o ArqUFSC) já se dá, em grande medida, pela presença do corpo docente do PósArq em ambos os níveis. É importante lembrar que todos os docentes permanentes ministram pelo menos 8h/aula por semestre, com exceção daqueles aposentados e da Prof. Veridiana Scalco, que não pertence ao quadro de docentes permanentes da UFSC. As metas dessa integração são: 1) a troca de experiências entre alunos pós-graduandos e graduandos dentro dos laboratórios e grupos de pesquisas, seja por meio de projetos de pesquisa como de extensão, seja por oficinas e disciplinas; 2) introdução do aluno de graduação no universo acadêmico por meio da pesquisa científica, o que incentiva a continuidade em cursos de pós-graduação após a colação de grau; 3) disseminação das pesquisas realizadas no âmbito da pós-graduação nas disciplinas de graduação, possibilitando a ampliação e complementação de conteúdos programáticos disciplinares pelos graduandos; 4) geração de estímulos aos graduandos a participarem das atividades promovidas pela pós-graduação, além das pesquisas, como a participação em palestras oferecidas pelo PósARQ à comunidade do ARQ, inserindo-se nos debates atuais sobre a área de arquitetura e urbanismo com professores de outras Instituições convidados para as bancas; 5) incremento da infraestrutura dos laboratórios e grupos de pesquisa, por meio de projetos com financiamento das agências de fomento, com uso compartilhado de instalações e equipamentos atualizados.

Muito importante também são os estágios docência realizados pelos alunos do PósARQ junto às disciplinas da graduação. Isso tem permitido, por um lado, propiciar aos estudantes da pós-graduação experiência didática em sala de aula, e, por outro, uma maior familiaridade por parte dos alunos de graduação com os projetos de pesquisa sendo desenvolvidos no PósARQ.

Além disso, mestrandos e doutorandos do PósARQ têm sido regularmente convidados a participar das bancas de conclusão de curso da Graduação, ajudando a estreitar esses laços.

As iniciativas consideradas estratégicas já estão em desenvolvimento, mas seus indicadores podem ser expandidos. São eles: 1) aumento de atividades conjuntas — oficinas, ateliês e disciplinas — de familiarização com escrita dissertativa e pesquisa acadêmica; 2) ampliação dos projetos de Iniciação Científica; 2) ampliação da participação em concursos com equipes verticais; 3) ampliação do estágio de docência de pós-graduandos em disciplinas da graduação; 4) ampliação de equipes verticais na organização de seminários acadêmicos.

Devemos consolidar institucionalmente políticas de interação com egressos já praticadas nos últimos três anos, através das iniciativas: 1) registro dos egressos de destaque no site do PósArq, com o «Portal Egressos de Destaque»; 2) campanha de colaboração dos egressos com atividades do PósArq ( «lives», eventos, disciplinas, projetos de pesquisa, produções técnicas, produções bibliográficas).

Todas essas metas e iniciativas são passíveis de acompanhamento e verificação, o que deve aparece nos próximos processos de autoavaliação 

 

Iniciativas para ampliação de produção discente, produção técnica e artística

A produção bibliográfica e técnica docente seguiu, nessa quadrienal, o nível muito bom da anterior, mas entendemos que é estratégico estimular a produção discente (bibliográfica e técnica), através da consolidação de uma cultura institucional de autonomia e cooperação.

Iniciativas: 1) fomentar atividades promovidas por discentes como a realização de «lives», entrevistas e seminários acadêmicos que alimentem suas pesquisas e dialoguem com suas respectivas referências bibliográficas; 2) realizar mais atividades (oficinas, seminários e disciplinas) que visem superar dificuldades cotidianas de pesquisa e, em especial, de escrita; 3) ampliar os espaços de publicação discente no site e redes sociais do PósArq, o que já vem sendo feito na aba do site «Coletivo PósArq em Rede» (https://posarq.ufsc.br/coletivo-posarq-em-rede/) e em redes sociais ( Instagram https://www.instagram.com/posarq.ufsc/: e Youtube: (https://www.youtube.com/channel/UCOlZNvCjsY6xYPiO4pjWpiA );  

 

Entendemos também como estratégica a ampliação de produções técnicas e artísticas. As primeiras já são um ponto forte do PósArq, mas podem se expandir. Iniciativas: 1) fomentar o uso de metodologias de pesquisa que construam, de modo rigoroso e consistente, mais mediações entre pesquisa e ações extensionistas, sobretudo sob os marcos conceituais das «tecnologias sociais» e na chave analítica da resolução de conflitos e/ou de pesquisa participante. Em 2020, já assistimos avanços nesse sentido: os temas foram abordados em Seminário Interno; as atividades de extensão da graduação passaram a ser contabilizadas no processo seletivo do PósArq; professores com experiência em extensão na graduação estão sendo convidados para a pós-graduação;

Já as produções artísticas podem de fato ser mais bem desenvolvidas por meio das iniciativas: 1) divulgação de atividades artísticas do corpo discente em canais do PósArq; 2) disponibilizar o espaço do Laboratório de Documentação e Acervo para atividades de artes visuais (gravação, edição, pós-produção de vídeos, podcasts); 3) estimular projetos em parceria com Departamentos de Artes, Design, Comunicação, Antropologia; 4) estimular projetos em parceria com instituições artísticas de Florianópolis, como o Museu da Escola Catarinense ( MESC), o Museu Histórico de Santa Catarina –Palácio Souza Cruz, o Museu de Imagem e Som de Santa Catarina (MIS-SC), a Fundação do Banco de Desenvolvimento Estadual de Santa Catarina (BADESC), o Museu Etnográfico Casa dos Açores; 4) trabalhar essas iniciativas de modo coordenado com o Plano Estratégico da UFSC, no qual constam objetivos semelhantes. Estas iniciativas ampliarão também, vale sublinhar, nosso impacto e inserção na sociedade. 

 

Iniciativas para ampliar nossa inserção local, nacional e internacionalização

As iniciativas ligadas à inserção local, nacional e de internacionalização serão mais bem descritas em tópico abaixo, mas por ora vale destacar que é estratégico para a ampliação da inserção nacional e internacional, bem como para o fortalecimento das relações técnico-científicas com universidades de reputação internacional, dar apoio técnico e institucional da secretaria e disponibilizar infraestrutura digital para: 1) mais iniciativas de eventos acadêmicos (seminários e congressos) em redes com outras universidades nacionais e internacionais, como ocorreu com o Seminário Internacional Fazer Arquitetura Fazer História (2020.1) e Seminário Poder Local e Democracia (2020.2); 2) apoiar institucionalmente as iniciativas de estágio no exterior por parte de discentes; 3) apoiar institucionalmente as pesquisas em regime de cotutela e duplo diploma, seguindo a dinamização posssibilitada pela Resolução Normativa n.° 7/2020/CPG/UFSC de 19/10/2020; 4) Estabelecer mecanismos para monitorar e promover ações que levem à melhoria de índices que refletem a avaliação da UFSC em rankings reconhecidos (retirado do PE da UFSC), tais como o incentivo e financiamento da tradução de manuscritos para submissão a periódicos internacionais.